terça-feira, 31 de agosto de 2010

Depois de muito tempo, eis-me aqui novamente: eu, Maga!

Pois é amigos, sumi! Mas voltei! Porém rapidamente! Somente para dar a dica de um livro...que eu não li...ainda!

Na verdade, ainda estou em dúvida se devo lê-lo ou não...sabe, se eu ganhá-lo acho que o leio...hehehe...pão-durice!

Bom, vamos lá! Como eu não o li, não poderei dar minha opinião, então, estou botando uma opinião que achei na internet:

Mistura de ficção, memória e ensaio especulativo, obra não se enquadra em nenhum gênero literário preestabelecido. O autor relembra muitas perguntas e inquietações de sua infância e adolescência.


Em novo livro, Marcelo Coelho usa o universo da Disney para satirizar mitos culturais, religiosos e políticos

ALCINO LEITE NETO
DE SÃO PAULO


"Patópolis", de Marcelo Coelho, praticamente começa com a descrição de um quadrinho: Pato Donald lê, em sua poltrona, uma obra que se chama "Livro Chato".

O tema desencadeia as reminiscências do autor, bem como um torvelinho de reflexões e ironias sobre a chatice das coisas e o "achatamento" do mundo.

A cidade imaginária de Disney vai se sobrepondo às memórias e à realidade, até se transformar --mais real que o real-- na referência primordial de todas as coisas. Tudo se miniaturiza, se quadriniza e se "patifica".

Coelho conta que o livro começou a ser feito há cerca de 15 anos. "Escrevi dois capítulos, mas me perdi no labirinto das especulações e não conseguia sair."

Para dar ao leitor um exemplo de "livro chato", o escritor iniciou um conto que seria inserido no meio de "Patópolis". O conto, porém, ganhou vida própria e se transformou na novela (também satírica) "Jantando com Melvin", lançada em 1998.

"Patópolis" continuou empacado, até que, no final do ano passado, Coelho se colocou como resolução de ano novo terminar a obra.

Para tanto, quase não precisou reler os gibis de Disney. "Eu os li muito até os nove anos. Tudo o que citei são coisas das quais me recordo. Nunca parei de pensar um pouco como criança e, quando era criança, pensava um pouco como adulto", diz o autor, pai de dois garotos que não ligam para gibis.


ANTIGAS LEITURAS

O livro é pontuado pelas reminiscências de Coelho a respeito das leituras que fez na infância e na juventude. "Desde pequeno eu lia muito. Os livros acabaram sendo uma realidade mais intensamente vivida por mim. A experiência de vida foi substituída por uma experiência de leitura", explica.

São essas leituras que norteiam as lembranças do passado, do qual Coelho faz uma descrição patética e rebaixada. Aproveita, no caminho, para demolir a religião ("nunca vimos um pato na cruz"), sistemas filosóficos e políticos, além de uma série de paixões intelectuais, como Pascal ("nome aliás de pato enfermiço").

Coelho é, porém, cauteloso ao falar de "Patópolis" como um ataque à regressão social e cultural de nossa época. "Não sei se a dificuldade de maturação é um tema do livro, ou se o livro é um sintoma disso. Adorno estaria denunciando a regressão de nossa época, eu estou me debatendo com isso e desfrutando", confessa.


PATÓPOLIS
AUTOR Marcelo Coelho
EDITORA Iluminuras
QUANTO R$ 35 (136 págs.)