terça-feira, 19 de maio de 2009

PLUMCT, O ET - [ parte XVII - Final ]


Caros leitores, como vocês podem ler acima, o fim desta saga chegou! Então, vamos a ele:

Após os acontecimentos narrados no capítulo anterior, podemos continuar a dedução de Plumct sobre os demais acontecimentos da vida de sua amada Romicarla/Plaft:

O disquinho voador contendo a bebê meio-alienígena e o computador de bordo Fru-Fru cai numa parte desabitada do campus universitário de Ribeirão Preto, Brasil, Terra, e os dois ETs vão vivendo por lá, escondidos. Fru-Fru vai criando a garota como uma verdadeira mãe! Para arrumar dinheiro para a alimentação de ambos, faz alguns programas esporádicos com homens em alguns bordéis da cidade, chegando até mesmo a receber uma proposta de casamento, mas opta por não aceitá-la, pois seria muito complicado explicar sua origem e a da menina, que ele tinha como filha.

Logo que chegam à Terra, Fru-fru grava as informações sobre a origem de Plaft em um pen-drive, e o pendura no pescoço da menina, para que assim, caso algo acontecesse com sua pessoa, ela saberia sua origem. E, como já sabemos, foi realmente por meio desse pen-drive que Plumct conseguiu iniciar as investigações sobre ela.

Quando Plaft está mais ou menos com seis anos, Fru-Fru morre de um ataque cardíaco fulminante e repentino, deixando a pobre garotinha ao Deus-dará. Os acontecimentos então, se desenrolam como já sabemos, a cigana Aldira encontra a menina e blá blá blá.

Voltando ao Planeta Cuícaspanderosas, enquanto o disquinho voador viajava em direção à Terra, a Guerra dos Mundos tomava corpo e ia trucidando todos os habitantes do Cuícas. O planeta Nerrrd's, munido de um imenso arsenal bélico de ponta, consegue dominar os planetas ChocoShake e Coconut Rum, os mais poderosos em número de guerreiros da galáxia de Galak (muitos músculos e pouco cérebro) e os torna seus aliados.

Assim, juntos, os aliados invadem o Cuícaspanderosas e só poupam da morte um pequeno grupo formado pelos mais eminentes cientistas do planeta – entre eles, a Dra. Fufa. (A Dra. Juba fora decapitada junto aos demais funcionários do hospital, e sua amante vendedora de Avon já havia retornado à Terra, escapando do fio das espadas-laser decapitadoras dos invasores).

Mas, conforme dito anteriormente, o ineditismo dessa guerra marcou a História dos Mundos para sempre! O seu fim foi um fato inusitado para todos – invasores e invadidos! Quando os aliados liderados pelos Nerrrd's começam a impor sua tirania a aqueles cujas vidas foram poupadas a fim de se tornarem cientistas-escravos a favor da conquista de todo o universo conhecido pelos primeiros, eis que surge uma figura totalmente, absurdamente, parafernalicamente, indescritivelmente inusitada; inesperada, pensada inexistente, habitante dos pesadelos dos ETs leitores de HQs de todo o universo conhecido como a personificação do bicho-papão cósmico - medo esse, análogo aos dos terráqueos pelos Jason, Freddy Kruger, matadores da serra elétrica, máscaras brancas retorcidas pelos gritos, Samara do poço, espantalho-morcego devorador de olhos, e aliens melequentos que aterrorizam as tripulações de naves espaciais...............................ele...Galactus, o devorador de mundos!

Essa extraordinária entidade cósmica ancestral chega como quem não quer nada e....devora não somente o Cuícaspanderosas, mas toda a galáxia de Galak! Como se esta não passasse de uma suculenta barra de chocolate branco gordurosa!

E fim! Acabou a Guerra dos Mundos!

Agora, vocês me perguntam: Porque o ineditismo do fato?

Simples: Galactus sempre foi conhecido como um personagem das HQs da Marvel Comics, muito lido pelos ETs do mundo afora (embora a Marvel tenha sede na Terra), nunca pensado como um ser existente no mundo real, vivo e faminto! E sim! Ele existe! E devorou uma galáxia com todos os seus planetas em pose de cerejinhas do bolo!

E este foi o fim da Dra. Fufa Flop, mãe da amada de Plumct!

E, de volta ao presente....Plumct relata à Romicarla/Plaft, tudo o que descobriu sobre sua origem. Ela, feliz por saber ser meio-alienígena (por isso sua aparência excêntrica para os terráqueos), muito feliz por saber quem são seus verdadeiros pais, e feliz novamente por ter sido criada por seres maravilhosos como Fru-Fru e Aldira, e em paz consigo mesma, aceita viajar com Plumct pelo espaço sideral e, posteriormente, se tudo sair como planejado, irem juntos morar no planeta Arcádia, no Universo Desconhecido-deixando-de-o-sê-lo, numa bela casinha no campo........Fim!

terça-feira, 12 de maio de 2009

PLUMCT, O ET - continuação [ parte XVI ]


Fru-Fru, tendo acabado de chegar de suas férias pós-recuperação cirúrgica num resort gay em Amalthea, um satélite Jupteriano bastante badalado, fica sabendo da viagem realizada às pressas pela Dra. Fufa. Preocupado pela falta de notícias dela - alardeada pela Dra. Juba, a traidora, o fiel secretário e computador de bordo começa a rastreá-la com seus sensores ultramegasuperpowerdrycleanpeluquerías originais! Os quais ele mantêm vivos e ativos sem nunca terem adoecido ou brochado, devido à sua dieta à base de oleaginosas orgânicas, queijos e cervejas artesanais importados diretamente de Cotswolds, Inglaterra, Terra - o paraíso dos gourmets de todo o Reino Unido Terráqueo!

Assim, com seus sensores tinindo, Fru-Fru descobre a Dra. Fufa em Ribeirão Preto, Brasil, Terra, em 1890, na fazenda de café, bêbada, fazendo sexo com o dono da fazenda!
Mais do que depressa, o eficiente secretário aciona remotamente o teletransportador e a traz de volta ao Planeta Cuícaspanderosas. No entanto, a médica chega com um pequeno problema causado durante sua reintegração molecular: seus cabelos, outrora azuis argênteo, na reintegração tornam-se verdes brilhantes, como as folhas dos pés de café de Ribeirão Preto! (em off: na verdade, havia em sua cabeça, uma frutuosa cabeleira de folhas de café no lugar de cabelos)

Após exatos cinco meses e quinze dias e meio da sua volta, a Dra. Fufa dá à luz uma linda garotinha de cabelos vermelho-esverdeados, a qual dá o nome de Plaft.

Oh! Oh! Oh! Grita Plumct! Debulhando-se em incontidas lágrimas de emoção! Minha amada Romicarla é realmente a filha desaparecida da Dra. Fufa Flop, minha conteplanetária varrida da História Oficial dos Mundos! Já deduzindo como e porque ela veio parar na Terra, exatamente no campus universitário de Ribeirão Preto, o qual, nos idos anos terráqueos de 1890, era a fazenda de café aonde ela fora concebida!

Eis abaixo, queridos e pacientes leitores, a dedução de Plumct, a qual, embora não esteja descrita nos Apocryphal Archives, está corretíssima, pois, parte dos acontecimentos envolve um grande guerra – que não foi banida da História Oficial dos Mundos – tamanha a sua atrocidade e ineditismo:

Logo após o nascimento de Plaft, a filha bastarda e mestiça da Dra. Fufa Flop, tem início a chamada Guerra dos Mundos, que envolveu todos os planetas da Galáxia de Galak pela posse do Planeta Cuícaspanderosas – devido à riqueza tecnológica do mesmo, capaz de, se abarcada por mãos do “mal”, dominar toda uma galáxia – sendo as consequências de tal ação, inimagináveis!

Tendo sido a guerra deflagrada pelo aparentemente introspectivo e circunspecto planetinha Nerrrd's, que queria dominar e possuir o Cuícaspanderosas e sua tecnologia avançada e popularíssima no Universo Conhecido e no Desconhecido-deixando-de-assim-sê-lo - acabou por envolver todos os demais planetas da Galáxia, uma vez que todos sentiram-se tentados e motivados a plagiar a iniciativa desse planeta até então obscuro.

Diante de tal beligerância, a Dra. Fufa coloca sua amada Plaft, acompanhada pelo fiel Fru-Fru, dentro de um pequeno disco voador e a envia para a Terra, direcionando o localizador geográfico para Fazenda de Café, Ribeirão Preto, Brasil, na esperança da criança ser encontrada pelo seu pai biológico. O que ninguém sabia era que o dispositivo máquina do tempo do disco estava desregulado (como estavam com muita pressa, não o levaram para uma revisão pré-viagem), o que fez com que chegassem na Terra nos anos setenta, os quais eram contemporâneos ao tempo presente do Cuícaspanderosas!

Em resumo: o papai fazendeiro da bebê alienígena já havia morrido há pelo menos uns sessenta anos terráqueos! (continua...)

domingo, 3 de maio de 2009

PLUMCT, O ET - continuação [ parte XV ]


Pois bem, continuando nossa saga (que finalmente está chegando ao fim!), Plumct também continua firme no dossiê: as Dras. Fufa Flop e Juba Nula foram aperfeiçoando mais e mais as técnicas cirúrgicas desenvolvidas pela primeira, e elevaram a fama do planeta Cuícaspanderosas até o Universo Desconhecido, de onde veio um ser desconhecido de um planeta também desconhecido (depois disso, conhecido), solicitando uma consulta com as doutoras para posteriormente ser operado! Assim, as duas médicas entraram para a História Não-Oficial dos Universos como as precursoras do processo inicial do conhecimento do Universo Desconhecido; uma vez que os livros escolares oficiais de todos os planetas sobre a História dos Universos não as reconhecem como tal, pois, infelizmente, os seres com excesso de testosterona que imperavam e ainda imperam nos governos dos quatro cantos de todos os mundos não aceitam essa versão estrogênica da História, impondo como marco do processo inicial do conhecimento do Universo Desconhecido o convite de um clube de futebol de um planeta também desconhecido (depois disso, conhecido) deste Universo, ao famoso jogador terráqueo de futebol Pelé, para compor seu quadro de jogadores, despertando no Universo Conhecido, uma imensa curiosidade pelo Desconhecido...

Mas, independente da História e seus registros, naquela época (anos 1970 terráqueos) a fama das médicas levou a Faculdade de Medicina da cidade de Ribeirão Preto, a convidar a Dra. Fufa Flop para ministrar um workshop sobre suas famosas técnicas cirúrgicas, devido à imensa demanda terráquea pelas mesmas.

O convite, tendo sido feito “em cima da hora”, fez com que a médica resolvesse ir à Terra usando um teletransportador por ser mais rápido, e não o seu disco voador particular.

O teletransportador, para quem não sabe, só é usado em urgências e emergências, pois na reintegração molecular após a desintegração dos seres e objetos teletransportados podem ocorrer falhas preocupantes, principalmente nos seres vivos - um pé reintegrado no lugar de uma orelha jamais será um pé perfeito novamente e vice-versa, mesmo sob modernas cirurgias...

No dia de se teletransportar para a Terra, a Dra. Fufa Flop descobre que sua adorável Juba Nula estava traindo-a com a representante terráquea da Avon que vendia seus produtos todo mês para os funcionários do hospital. Mesmo transtornada com a descoberta, ela decide cumprir seu compromisso na Terra, mas, ao acionar o botão de localização geográfica no painel do teletransportador, ela tropeça na barra da sua calça boca-de-sino e aperta também, sem perceber, o botão de viagem no tempo.

Assim queridos leitores, a Dra. Fufa realmente se teletransporta para a calorenta cidade de Ribeirão Preto, mas para o ano de1890 do século XIX! Chega inteirinha, com tudo no lugar, no meio de um oceano de pés de café a perder de vista!

Sem entender aonde se encontrava, o que tinha acontecido e o que eram aqueles arbustos verdes ao seu redor, ela começa a caminhar em busca de ajuda. Após umas quatro horas de caminhada ela chega até a sede de uma Fazenda. Como estava carregando uma maleta, a despeito de suas estranhas vestimentas, confundem-na com a parteira (que foi abduzida no caminho, por isso não apareceu por lá!) chamada para fazer o parto de um dos filhos do dono da fazenda, cuja esposa já estava entrando em colapso.

Como cumpria seu dever médico acima de tudo, a Dra. Fufa realiza magistralmente o parto do belo varãozinho. O fazendeiro, tendo visto o parto difícil e demorado, o avançado das horas já enegrecendo o céu por completo, e, totalmente aturdido pela beleza alienígena e argêntea da “parteira”, convida-a para pernoitar na casa. Cansada, acabada e confusa, ela aceita de bom grado o convite, esforçando-se para entender o que estava fazendo naquela grande fazenda e não na Faculdade de Medicina, que era para onde ela havia direcionado o localizador geográfico do teletransportador.

Lá pelas tantas, após o jantar, o dono da fazenda oferece uma cachaça mineira para a Dra. Fufa. Ela, que nunca havia se embriagado, para afogar a mágoa da traição de sua amada Juba, embriaga-se pela primeira e única vez em sua vida. O cafeeiro, fascinado pela exótica “parteira”, e encorajado pelo álcool, faz-lhe a corte e acaba carregando-a para um dos quartos da casa, aonde passam a noite toda sob a mira das fofocas dos assustados empregados, que pensam tratar-se a “parteira”, de uma bruxa-índia* enfeitiçadora de fazendeiros, devido ao estranho brilho prateado que refulgia sob a porta do quarto em meio aos intensos e altos gemidos do homem. (continua...)

* Dizem as lendas rurais da época, ter sido formada a maior fazenda de café da cidade sobre um antigo cemitério indígena, aonde eram enterradas as índias flagradas dançando a “dança da seca” na temporada das chuvas, para assim, poderem trair seus maridos ao ar livre sem pegarem um resfriado – o qual se constituía na prova do adultério.