domingo, 29 de julho de 2012

Chatices...ou não?


Aqui estou eu novamente, pensativa numa tarde de domingo. Curtindo a solidão de uma velha lebre40 abandonada. Desde que meu relacionamento com a loba43 terminou, venho mais intensamente pensando na solidão da velhice que certamente virá . Sozinha em minha toca, só me restará escrever. Não que isto seja mal – a solidão sim, não o escrever.

Pensei em escrever “coisas” sobre o amor. Algo edificante que toque os corações das lésbicas, para que descompliquem suas vidas e aceitem a rotineira e deliciosa vida a dois, enaltecendo os surpreendentes detalhes que podem quebrar e restaurar do tédio as relações que porventura nele venham a cair. Isso tudo em forma de contos, ou um pequeno romance de costumes, ou até mesmo no formato de crônicas sobre a vida a dois, ou crônicas de ficção sobre relacionamentos lésbicos na atualidade. Pensei até mesmo em escrever um manual de boas práticas no cotidiano dos relacionamentos lés, para que estes venham a durar mais tempo e tornem-se mais estáveis, apesar de não possuírem, em grande parte dos casos, o propósito de constituirem uma família. E, conforme o caso, menos neuróticos, menos complicados, com menos álcool, menos “rebuceteio” (com o perdão do uso de palavra tão estranha ...hehe), com mais responsabilidades assumidas entre si e perante as famílias de ambas.

Pois então, pensei, pensei, sonhei, delirei, intercalei meus pensamentos com fantasias sexuais com lindas atletas (estamos em plena Olímpiadas!), pensei novamente. E...achei tudo uma chatice....as fantasias com as atletas musculosas e esculturais estavam mais inspiradoras....

Quem sabe não devo escrever uma história sobre uma jogadora de tênis de mesa dona de lindos braços fortes e torneados que durante as Olímpidas conhece uma nadorada vigorosamente deliciosa e....

Ai...como é duro ser uma velha lebre lésbica abandonada e carente!

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