domingo, 3 de maio de 2009

PLUMCT, O ET - continuação [ parte XV ]


Pois bem, continuando nossa saga (que finalmente está chegando ao fim!), Plumct também continua firme no dossiê: as Dras. Fufa Flop e Juba Nula foram aperfeiçoando mais e mais as técnicas cirúrgicas desenvolvidas pela primeira, e elevaram a fama do planeta Cuícaspanderosas até o Universo Desconhecido, de onde veio um ser desconhecido de um planeta também desconhecido (depois disso, conhecido), solicitando uma consulta com as doutoras para posteriormente ser operado! Assim, as duas médicas entraram para a História Não-Oficial dos Universos como as precursoras do processo inicial do conhecimento do Universo Desconhecido; uma vez que os livros escolares oficiais de todos os planetas sobre a História dos Universos não as reconhecem como tal, pois, infelizmente, os seres com excesso de testosterona que imperavam e ainda imperam nos governos dos quatro cantos de todos os mundos não aceitam essa versão estrogênica da História, impondo como marco do processo inicial do conhecimento do Universo Desconhecido o convite de um clube de futebol de um planeta também desconhecido (depois disso, conhecido) deste Universo, ao famoso jogador terráqueo de futebol Pelé, para compor seu quadro de jogadores, despertando no Universo Conhecido, uma imensa curiosidade pelo Desconhecido...

Mas, independente da História e seus registros, naquela época (anos 1970 terráqueos) a fama das médicas levou a Faculdade de Medicina da cidade de Ribeirão Preto, a convidar a Dra. Fufa Flop para ministrar um workshop sobre suas famosas técnicas cirúrgicas, devido à imensa demanda terráquea pelas mesmas.

O convite, tendo sido feito “em cima da hora”, fez com que a médica resolvesse ir à Terra usando um teletransportador por ser mais rápido, e não o seu disco voador particular.

O teletransportador, para quem não sabe, só é usado em urgências e emergências, pois na reintegração molecular após a desintegração dos seres e objetos teletransportados podem ocorrer falhas preocupantes, principalmente nos seres vivos - um pé reintegrado no lugar de uma orelha jamais será um pé perfeito novamente e vice-versa, mesmo sob modernas cirurgias...

No dia de se teletransportar para a Terra, a Dra. Fufa Flop descobre que sua adorável Juba Nula estava traindo-a com a representante terráquea da Avon que vendia seus produtos todo mês para os funcionários do hospital. Mesmo transtornada com a descoberta, ela decide cumprir seu compromisso na Terra, mas, ao acionar o botão de localização geográfica no painel do teletransportador, ela tropeça na barra da sua calça boca-de-sino e aperta também, sem perceber, o botão de viagem no tempo.

Assim queridos leitores, a Dra. Fufa realmente se teletransporta para a calorenta cidade de Ribeirão Preto, mas para o ano de1890 do século XIX! Chega inteirinha, com tudo no lugar, no meio de um oceano de pés de café a perder de vista!

Sem entender aonde se encontrava, o que tinha acontecido e o que eram aqueles arbustos verdes ao seu redor, ela começa a caminhar em busca de ajuda. Após umas quatro horas de caminhada ela chega até a sede de uma Fazenda. Como estava carregando uma maleta, a despeito de suas estranhas vestimentas, confundem-na com a parteira (que foi abduzida no caminho, por isso não apareceu por lá!) chamada para fazer o parto de um dos filhos do dono da fazenda, cuja esposa já estava entrando em colapso.

Como cumpria seu dever médico acima de tudo, a Dra. Fufa realiza magistralmente o parto do belo varãozinho. O fazendeiro, tendo visto o parto difícil e demorado, o avançado das horas já enegrecendo o céu por completo, e, totalmente aturdido pela beleza alienígena e argêntea da “parteira”, convida-a para pernoitar na casa. Cansada, acabada e confusa, ela aceita de bom grado o convite, esforçando-se para entender o que estava fazendo naquela grande fazenda e não na Faculdade de Medicina, que era para onde ela havia direcionado o localizador geográfico do teletransportador.

Lá pelas tantas, após o jantar, o dono da fazenda oferece uma cachaça mineira para a Dra. Fufa. Ela, que nunca havia se embriagado, para afogar a mágoa da traição de sua amada Juba, embriaga-se pela primeira e única vez em sua vida. O cafeeiro, fascinado pela exótica “parteira”, e encorajado pelo álcool, faz-lhe a corte e acaba carregando-a para um dos quartos da casa, aonde passam a noite toda sob a mira das fofocas dos assustados empregados, que pensam tratar-se a “parteira”, de uma bruxa-índia* enfeitiçadora de fazendeiros, devido ao estranho brilho prateado que refulgia sob a porta do quarto em meio aos intensos e altos gemidos do homem. (continua...)

* Dizem as lendas rurais da época, ter sido formada a maior fazenda de café da cidade sobre um antigo cemitério indígena, aonde eram enterradas as índias flagradas dançando a “dança da seca” na temporada das chuvas, para assim, poderem trair seus maridos ao ar livre sem pegarem um resfriado – o qual se constituía na prova do adultério.

Um comentário:

Anônimo disse...

magnifico!! kaakaka.